O Discurso do Rei – Crítica

por Bruno Borges

– O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS –

Acabo de chegar do cinema e posso dizer: eu queria que o filme continuasse. A história se passa um pouco antes da Segunda Guerra Mundial, quando Albert Frederick Arthur George assume o trono no lugar de seu irmão, que renunciou o fardo para viver com seu amor.

É interessante nesse filme a trama toda ser simplesmente a busca de “Bertie” (como era chamado pela família) pela cura de sua gagueira com a ajuda de um “especialista”. A atuação de todos os atores é impecável. Muito bom o artifício do roteirista e do diretor de darem pistas falsas sobre possíveis tramas secundárias, como uma possível briga pelo trono. Embora seja mais uma história de superação, ela foi contada de uma forma peculiar. É possível notar também que os enquadramentos fogem um pouco do padrão, e isso enriquece o filme e tira a monotonia dos diálogos.

O Discurso do Rei é mais uma prova de que não são necessários caros recursos de efeitos visuais ou histórias fantásticas para que saia um bom filme. E não passa de uma parte da História bem roteirizada. Vale cada indicação aos prêmios. O desempenho dos atores foi crucial para o bom resultado do filme, mas Colin Firth e Geoffrey Rush merecem destaque, pois, quando a dupla entra em cena você simplesmente é envolvido pelos diálogos, mesmo que às vezes haja mais gagueira que conversa.

Quem gosta de uma boa história não deve perder a oportunidade de assistí-lo.