por Bruno
O filme é divertido, mas abaixo do padrão Pixar.
Relâmpago McQueen está de volta, mas na prática ele não é o principal. Nesta aventura, o divertido caipira Mate é quem rouba a cena. O filme começa com uma sequencia empolgante de aventura: espiões, bandidos, tiroteios, um verdadeiro 007 (com direito a vilão de monóculo). Mas, em algum momento, entre o espião ressurgir dos mortos e a revelação do verdadeiro vilão, o filme se perde.
Não é só pelo fato de se prever o final nos 20 minutos de filme, mas também na questão da exploração exaustiva do aspecto desengonçado de Mate. Sim, ele é engraçado, mas ele é mais engraçado quando entra em cena no momento certo. Além disso, o filme não é exatamente “infantil”. Embora a violência seja cada vez mais comum, mostrar a morte de um carro por um bandidão sangue frio no reflexo de um metal é um pouco exagerado, na minha opinião.
Outro ponto perdido foi o do tema: sustentabilidade. Poxa, é um tema super atual e eles tinham todo o poder de defender a questão. Por que tinha que inverter os valores no fim? A faca e o queijo estavam na mão, mas eles tentaram cortá-o com o lado oposto da faca. Mas o “focinho de canelone” foi ótimo.
Apesar dos exageros (e de algumas faltas), o filme agrada bastante. Vale a pena assistir, quem não ver em 3D não vai perder nada pois ele é trabalhado como Toy Story 3. Apenas alguns detalhes são realmente perceptíveis, mas quem assistiu Kung Fu Panda 2 vai achar inútil ver Carros 2 em 3D. Mas as gargalhadas e a “inteligência média” do Mate (estranhamente traduzida para “inteligência mecânica no filme) rendem uma ótima diversão para a família. Só não espere a profundidade comumente encontrada nos filmes da Pixar.